A fundação da povoação de Granja do Tedo encontra-se envolta em lendas que se cruzam com factos históricos, sendo difícil distinguir a realidade. Quem chega a esta pitoresca aldeia, ao apreciar tamanha beleza natural, dificilmente acredita na história sangrenta que está na origem da terra. Situada numa encosta nas margens do rio Tedo, dizem que a aldeia deve o nome ao cavaleiro D. Thedon, que conquistou aos mouros diversos territórios e terá aqui fundado a sua casa no século X, com uma granja e um extenso olival. Aliás, pode começar a visita pelo Jardim Histórico, onde diversos poemas pintados em azulejos contam a lenda da princesa Ardínia e de D. Thedon. Siga, então, pelo núcleo duro da aldeia: visite o povo de baixo onde encontra vários edifícios de traça original, com varandas típicas de madeira, Casas Brasonadas, a Igreja Matriz e o Forno Comunitário. Atravesse a ponte antiga de teor românico e demore-se num passeio pelo povo de cima onde irá encontrar a Capela da Senhora do Socorro, o Pelourinho, um solar setecentista e a rua do Bicão, certamente uma das mais estreitas do mundo. Há diversos percursos pedestres e uma grande extensão de sabugueiros plantados por toda a aldeia, que lhe conferem uma imagem única, também celebrada na Festa do Sabugueiros em Flor, em maio. Se estiver calor, aproveite para se banhar na praia fluvial ou nas piscinas locais onde, também, encontra um agradável parque de merendas. Uma das tradições católicas que aqui têm mais impacto é a Sexta-feira Santa em que se faz uma procissão noturna em que toda a aldeia é iluminada com lamparinas.
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